Na hora de adquirir um cartão de crédito, é importante analisar a taxa de juros cobrada pelo banco ou administradora, isso porque, um levantamento feito pelo Banco Central (BC), mostrou que a média anual de juros do crédito rotativo está em 414%. Para efeitos de comparação, um débito de R$ 1 mil sobe para absurdos R$ 24 mil, em dois anos, conforme calculou o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
Se analisarmos a taxa de juros do crédito rotativo é fácil entender o porquê o cartão de crédito é o principal responsável pela inadimplência dos consumidores. Uma dívida de mil reais consegue atingir, em apenas, dois anos, R$ 24 mil, e essa evolução não para por aí, em três anos o consumidor deve 100x mais do que o montante inicial da dívida.
Uma dívida de R$ 1 mil em um ano se transforma em quase R$ 5 mil no rotativo do cartão de crédito.
Em dois anos o valor do débito salta para incríveis R$ 24 mil. O mais surpreendente é o que acontece se o consumidor deixar a dívida do cartão correr por três anos, ele passará a dever um valor cem vezes maior do que o inicial da dívida: aproximadamente R$ 120 mil. Esse cálculo foi realizado pela analista e economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, para o jornal Diário do Amazonas.
A “evolução” do valor de uma dívida no cartão de crédito faz com que o meio de pagamento transforme qualquer débito em uma verdadeira “bola de neve”, pois o consumidor acaba se vendo refém da dívida, pois ele não consegue pagar, já que os juros do cartão de crédito são exorbitantes.
No mês passado entidades de proteção ao consumidor lançaram uma campanha em prol da limitação dos juros do cartão. Pois hoje, as administradoras são livres para cobrar o valor que quiserem dos consumidores. Todos os meses noticiamos aqui o aumento na taxa de juros do rotativo em virtude dessa “liberdade” que os bancos possuem para reajustar as taxas de juros.
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